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Resenha: Amizade Desfeita (2015)

Por: | 06:11 Deixe um comentário

Avaliação

Uma garota se suicida após um vídeo constrangedor vazar na internet. Um ano depois, seis amigos se reúnem no Skype, porém, percebem que há uma sétima pessoa na videoconferência, revelando ser a tal garota. Inicialmente, os jovens pensam ser alguma brincadeira, até que o usuário começa a fazer jogos com os participantes da conversa. Tentei resumir a sinopse das que já existem, pois revela muita coisa que, assistir o filme já sabendo delas pode não trazer a devida experiência ao espectador.

Os elementos principais dos filmes de terror quase sempre foram voltados para lugares escuros, barulhos agoniantes e coisas do tipo. Atualmente, as pessoas se tornaram tão submissas, escravas da tecnologia, celulares e redes sociais, que eu não acharia mais inteligente do que atordoar o psicológico delas através destes meios. Por baixo de todo esse terror psicológico, existe uma baita crítica ao "cyberbullying", não que ninguém vá morrer ao cometê-lo (bom, não sei), mas critica a prática e mostra o quão é prejudicial, no sentido geral. Afinal, nesses últimos anos, tivemos diversos relatos de jovens se suicidando ao ter vídeos íntimos vazados na internet. 

O filme inteiro se passa em captura de tela. Pra quem assistir o filme no computador, vai ser uma experiência interessante, porque vai poder se encaixar na protagonista com toda ideia captura de tela e tudo mais, ainda me envolvi nessa conversa de Skype, o cenário sempre coopera para a experiência do filme. Tudo isso me encaixou nesse terror psicológico, o que me afligiu ainda mais. Com o navegador aberto ainda, qualquer notificação de rede social que se confundia com o filme já me deixava virada na pomba aqui, foi bem legal. O filme ainda retrata o ser humano nessa era que vivemos hoje em dia. A mania de expor podre de coleguinhas na internet, seja intencional ou não. Postagem de vídeos e fotos constrangedoras, fofocas. O mecanismo comportamental, reescrever dez vezes a mesma mensagem, decidir se envia ou não e todo esse clichê que não vem do filme, mas sim das pessoas.

Pra terem uma ideia da eficácia, eu só me senti tranquila depois que saí do computador e fui andar pela casa escura, porque ficar no computador estava dando calafrios e qualquer notificação de mensagem via inbox do facebook ia me deixar desgraçada da cabeça.


Fui assistir esse filme com expectativa zero, não havia lido sinopse nem assistido a trailers, que é o que eu quase sempre recomendo aqui, fiquem longe de sinopses. O envolvimento dos personagens é bastante espontâneo e capaz até de fazer você acreditar que aquilo é real. Pra deixar ainda mais legal, os perfis dos filmes realmente existem no facebook (sim, eu fui fuçar). Eu admito que fui buscar informações para saber se era baseado em fatos reais, mas não obtive nada concreto.

No meio de tanta porcalhada que ando assistindo, não esperei ver algo diferente. E que na minha opinião foi bem aproveitada. É quase como a lenda do bicho papão, mas com redes sociais. Se uma mensagem visualizada e não respondida já apavora, imagina essa situação. Recomendo assistir no computador, dica.

Dirigido por Levan Gabriadze.

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