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Resenha: Magic Mike XXL (2015)

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Avaliação
Com essa avalanche de filmes bons, ruins e desnecessários, nós como espectadores temos a opção de se jogar nos braços dos maus e viciosos hábitos hollywoodianos ou desviar deles. Como o ócio é extremamente prejudicial ao ser humano, acaba fazendo com que ele ceda a míseras horas de quaisquer projetos cinematográficos com a desculpa de "passar o tempo", esse filme é um dos exemplos. E embora eu tenha feito este discurso duvidoso, não me referi especificamente a esta última produção (e direção) de Gregory Jacobs, pelo menos não totalmente. A sequência anterior esteve nas mãos de Steven Soderbergh, ainda sim Jacobs esteve presente na produção, tendo sido competente em relação ao ritmo e seguimento que teve Magic Mike XXL. O filme não é o melhor do mundo, mas há muito o que absorver de bom dele, ainda mais em meio a tanto preconceito que o público costuma ter com filmes musicais, ainda mais se tratando de strippers.

Depois de três anos, Mike (Channing Tatum) retorna para os colegas a fim de fazer uma super despedida antes de resolverem tomar um rumo em suas vidas. Sem a liderança de Dallas (Matthew McConaughey), agora quem comanda os Reis de Tampa é Richie (Joe Manganiello). Essa sequência aproveitou para explorar mais a vida dos outros rapazes além de Mike, o que já era pra ter sido feito desde o primeiro. Além da convivência, também mostra um pouco da personalidade de cada um. Desta vez, vem a ser até mais divertido, afinal, por ser uma despedida, os garotos resolvem querer inovar em suas performances. E apesar de toda essa ideia superficial de retratar ficticiamente a vida de strippers, o filme aborda valores importantes, como a amizade, por exemplo, isso tudo através do vínculo e convivência dos rapazes. E também enaltece a figura feminina, eleva a autoestima da mulher, a forma como devem ser tratadas. Eu não concordo nessa parte com toda ideia, pois insere uma conotação sexual meio camuflada. Mesmo jogando flores, carregando no colo e fazendo tudo o que elas merecem e querem, parece que todos caminhos são para chegar no mesmo lugar: na cama. Mas isso é um caso a parte, a personagem Rome (Jada Pinkett Smith) desvicula bastante parte da minha impressão sobre os valores femininos pregados no filme, pois ela mesma como mulher, diante de outras mulheres, exalta os verdadeiros valores aos quais o filme explicitamente quer transparecer.

Em particular, o tipo físico dos rapazes não é meu favorito, mas o que realmente tira o fôlego é a ginga dos garotos. Performances de atrasar a respiração mesmo. Em especial o Manganiello, que, como um todo, ainda tem um olhar hipnotizante. E o Channing, que é a estrelinha dos filmes, um requebrado invejável. O filme também explora mais os outros personagens e suas personalidades, o que não teve espaço no filme anterior, porque estavam focados demais no drama leve na vida do Mike. E já que a gente não pode impedir que certos filmes sejam feitos, o que resta é tirar proveito de alguns deles. Apesar de tirar boas risadas, ter corpos definidos e cintilantes rebolando na sua cara, um elenco harmonioso e a ideia de amizade, ainda sobra um filme fraco e com roteiro básico, apropriado para entreter, que é o que o filme oferece desde a sequência anterior. Pra completar, o filme tem uma ótima trilha sonora para acompanhar as performances e que pode ser encontrada no Trilha dos Filmes.

Dirigido por Gregory Jacobs.

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