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Análise | Resident Evil 3: Nemesis (1999)

Por: | 22:33 Deixe um comentário

Avaliação
RE 3: Nemesis é o terceiro jogo da franquia de games Resident Evil (Biohazard) lançado em 1999 pela Capcom para Playstation e posteriormente para GameCube, PC e DreamCast. Embora seja o terceiro jogo da série, (Teoricamente, o quarto, pois antes de RE 2, existiu uma versão "Director's Cut" de RE1) a primeira parte do jogo se passa um dia antes de RE 2 e segunda parte se passa um dia após os eventos de RE 2, a gente chega até a participar um pouco dessa parte em determinado momento do jogo.

Sinopse
Desta vez, controlamos Jill Valentine, a protagonista de RE (1996) ao lado de Chris Redfield. Depois dos eventos assombrosos na mansão com a equipe S.T.A.R.S, Jill retorna a Racoon City para tentar desmascarar a Umbrella Corporation, semeadora do caos e da discórdia, responsável por pelo menos 200% dos eventos catastróficos e a epidemia.

A estrela da vez é Nemesis, um modelinho de Tyrant. A última e mais potente arma da Umbrella Corporation, feita especialmente com o intuito de destruir os sobreviventes da mansão, os S.T.A.R.S. E quem é a única anta que ficou na cidade, né? Meu Deus.




Jogabilidade
Resident Evil 3 aglomera toda ideia de atmosfera sombria, desde o próprio ambiente sempre escuro ou com pouquíssima luz, sons apavorantes, gemidos de moribundos famintos, o resultado do desespero e agonia mostrados em carros amontoados e amassados, edifícios e estabelecimentos destruídos, sangue, corpos, lixos espalhados e Racoon City em si, completamente de ponta cabeça. Não existe previsibilidade, a cada abertura de porta ou subidinha de escada, aquelas clássicas, o jogador tem que se preparar psicologicamente para o que o está esperando depois disso. E nunca é a mesma coisa, principalmente se você tiver que voltar no mesmo lugar.

Este, como seus antecessores, não apresenta disponível a escolha de personagem. Maior parte do jogo nós controlamos a Jill e uma pequena parte é que controlamos o mercenário Carlos Oliveira, que não dura tanto. O jogo também apresenta aquele famoso modo de alternar enredo de acordo com a escolha do jogador. Em algumas situações, a imagem apresentará efeito negativo e trará ao jogador duas ações diferentes a seguir, muitas vezes limitando a lutar (morrer) ou fugir.

Deve ter ficado meio claro que eu sempre escolhia fugir, até que eu descobri que isso não adiantaria por muito tempo e que embora eu ganhasse tempo, não era todo do mundo. Cena clássica e aterrorizante de fazer cu cair da bunda e joystick voar da mão: Nemesis pulando a janela da delegacia, oh glória.

Infelizmente, em RE3 você ainda não pode mirar e atirar ao mesmo tempo, a gente não tinha ido chorar o suficiente pra Capcom por causa disso. Os movimentos são tão limitados quanto a munição e às vezes a falta de costume em manusear a Jill pode triplicar o horror do jogador em situações desesperadoras.


Agora além de apresentar diferentes armas, boas e competentes ou não, o jogo também disponibiliza sistema de criação de munição, quase como fazemos com as ervas. Jill também pode passear por aí exibindo um "lança-granadas", isso mesmo que você leu, um "LANÇA-GRANADAS" legalzíssimo com opção de munição de ácido, gelo e fogo. E adivinha em quem você mais vai querer usar? Um comentário adicional: Uma arma que, se eu pudesse até andava com ela na rua, só por achar maravilhosa mesmo. É minha favorita na maioria dos jogos do tiro devido a capacidade, e neste não é diferente, a minha querida Magnum, que como acontece com outras armas nos jogos anteriores, a munição é bem limitada, o que força você a usá-la em situações emergenciais, adversários de grande porte, mais difíceis de matar. Ah, e a shotgun também é muito amor.

Os Mercenários
O jogo também apresenta o "The Mercenaries - Operation Mad-Jackal" o mini-game secreto que é liberado após o jogo ser zerado pela primeira vez. Ele não é muito diferente dos mais modernos que a gente conhece, só que eu acho que esse traz mais benefício ao singleplayer do que os atuais. Você pode jogar com Carlos, Mikhail ou Nicholai, sua munição e kit de sobrevivência é bastante limitado (pra variar). Existe uma contagem regressiva e seu objetivo é chegar no ponto indicado, durante o trajeto, suas ações trazem benefícios, pessoas salvas e inimigos eliminados te dão segundos a mais, munição e itens de sobrevivência. A recompensa para um mercenário você deve saber qual é (dinheiro), totalmente proporcional ao seu desempenho no jogo. E o que você pode adquirir com sua recompensa é mais brinquedinho pra Valentine se divertir.


Epílogos, Roupas e o Diário de Jill
Esses "Epilogues" você consegue terminando o jogo no hard. Um epilogue para cada finalizada, são 8 deles, você sabe o que fazer. As roupas da Jill você também consegue liberar somente finalizando o jogo, e de acordo com seu desempenho específicas roupas serão liberadas. Pra liberar o Diário de Jill, é necessário pegar todos os arquivos do jogo, exatamente como temos que fazer com a maioria dos jogos hoje em dia, mas que, admitindo ou não, maioria de nós só veio a dar importância depois dos troféus e achievements.

Adaptação
Este foi o jogo que "inspirou" o longa Resident Evil: Apocalypse, dirigido por Paul W. S. Anderson, aquela adaptação cinematográfica ADORÁVEL que até hoje causa revolta. E que mesmo não aprovando, sempre assisto por ser a parte um bom entretenimento.

Conclusão
Esse jogo vai muito além da era de gráficos bonitos e boas dublagens em português. Ainda que com uma jogabilidade não tão confortável, é um dos jogos da franquia que mais proporcionam diversão, satisfação e qualidade. Se me lembro bem, foi o segundo que finalizei depois de "Survivor" que é seu sucessor. De toda franquia não tive a oportunidade de jogar nem a metade, então não posso fazer tantas comparações. Mas do gênero Survivor Horror, tenho certeza que não perdeu seu posto no ranking dos melhores até hoje.

Eu joguei RE3 ainda era pivetona. Meu pai sempre fazia a gentileza de me trazer um joguinho ou outro, até que trouxe alguns dessa franquia e eu senti ali que teria minha vida social que eu já nem tinha bastante afetada. Peguei firme, mesmo com sustos, gritos, coração batendo nos rins eu fui até o fim. E me lembro até hoje como me encantei com o enigma da torre do relógio, é um baita jogo.

Eu sou covardona, sempre fui, até para jogos mais simples. Eu sei que muitos jogos de Silent Hill, por exemplo, não joguei por falta de oportunidade, mas pelo cagaço incansável, ainda que na companhia de MUITA GENTE. Eu, como muitos Resident Evil bitches, esperamos pelo dia em que a Capcom nos presentear nostalgicamente com um novo Survivor Horror, de volta a este caos.

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