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Resenha | Terremoto: A Falha de San Andreas (2015)

Por: | 09:02 Deixe um comentário
Avaliação
Ray (Dwayn Johnson, vulgo "The Rock") é o chefe do Departamento de Resgate de Los Angeles. Após os eventos catastróficos se iniciarem por São Francisco, Ray e sua ex-esposa Emma (Carla Gugino) se unem para resgatar sua única filha, Blake (Alexandra Daddario). Enquanto o robusto homem é o herói dos que estão em perigo, Laurence (Paul Giamatti) e Dr. Kim Park (Will Yun Lee) são os verdadeiros cérebros do filme . Ambos são sismólogos e seus estudos se baseiam em uma forma de prever desastres naturais, terremotos, tsunamis e tudo que vier a ocorrer como consequência. Embora cheguem a atingir seu objetivo, não são o tipo de gente ao qual a mídia dá muita atenção, até que a cidade começa bambolear em cima da terra.

Este não é nenhum filme pra você querer bancar o Rubens Ewald Filho. Ele é básico,  filme para entretenimento, para público tradicional, gente que sai esgotado do serviço e quer sentar pra ver um filme e esfriar a cabeça. Como de praxe, igual já comentei, nunca espere que um filme cujo foco é efeitos especiais tenha um baita roteiro de Stanley Kubrick, que não vai ter (até porque ele já morreu). Nenhum diretor com senso vai adicionar um roteiro inteligente onde tem muitos efeitos especiais, a não ser que ele saiba combinar os dois, pois nessas situações um dos dois vai ser esquecido. Embora não tenha visto em 3D por não ser muito fã, mas que foi bastante elogiado, achei o 2D agradável e a dublagem também muito boa. Infelizmente este país burocrático maravilhoso não está deixando (nem pra enganar) o idioma original como escolha para o espectador, o que ao invés de fazer com que ele reclame para o resto da vida, faça-o se adaptar e até dar uma atenção em especial.

Dwayne é um ator que aparenta ser extremamente simpático, gosto dele atuando, gosto dele como pessoa e não importa quantos filmes ele faça, pra mim, ele sempre será "O Escorpião Rei", aquele que luta com Rick O'Oconnell (Brendan Fraser) em "O Retorno da Múmia" que é um dos melhores filmes do mundo. Porém, a forma como Hollywood está inserindo Dwayne no mundo cinematográfico chega a ser estressante e forçado, porque estão querendo fazer uma nova geração de brucutus Old School imbatíveis como os da década de 80/90, o Van Damme, Stallone e Schwarzenegger pra vir a ser considerado uma lendinha do cinema daqui uns anos. Só que, as estruturas dos filmes antigamente eram totalmente diferentes. Não adianta só colocar um 4x4 dando porrada com os bíceps latejantes que os brucutus do cinema antigamente eram muito mais do que isso.

Tirando que, embora foque no The Rock charmosão dirigindo uma camionetona de óculos escuros e arrebentando qualquer obstáculo de concreto, a maior estrela do filme fica maior parte dele correndo pra lá e pra cá dentro de um escritório e se enfiando debaixo das mesas, que é o sismólogo interpretado pelo Paul Giamatti. O cara agrega brilho a qualquer filme em que venha a estar presente. Ele pode ser o engraçadão, como pode ser o cara sério, ator quase que indispensável.

Outra figuraça que não só chama atenção, como rouba quase toda cena em que tem a oportunidade de estar presente é o pequeno Ollie (Art Parkinson) que é super extrovertido, brincalhão, tipo irmão caçula que a gente briga, chama atenção e pede pra não fazer a gente passar vergonha mas que na verdade é um baita salva-vidas, quebra-galho. O garoto acaba tomando destaque total de Blake e Ben sem o menor sacrifício.

Daniel Reddick (Ioan Gruffud) é um rostinho familiar mas de um lugar não tão bom, seu primeiro filme sobre desastres naturais foi "Quarteto-Fantástico", porque o filme é tão ruim que posso considerar um desastre, ele era o Sr. Fantástico, casinho da Jessica Alba no filme. Nesse filme ele é um cara bem sucedido, bonitão, típico padrasto babaca, pra não usar outra palavra. É um bom ator, só que não muito privilegiado como se pode reparar

Emma (Carla Gugino) é uma atriz muito subestimada, e você pegando um filme dela, que seja "Pequenos Espiões", você vê a presença da mulher. Agora, levando em consideração os trabalhos mais notáveis, Carla trabalhou bastante com Zack Snyder e Robert Rodriguez, você pode se lembrar da bela em "Sucker Punch", o melhor filme de heróis que existe "Watchmen""Sin City". A gente  ainda espera que ela tenha seu devido valor no cinema.

O filme segue uma risca de clichês tão tradicionais quanto o público para o qual o filme foi feito. A família se desmantelando e uma desgraça pra unir novamente, pra resumir e não dar tanto spoiler. Não é um filme ruim, ele é muito bem feito e entrega muito do que oferece. É só você não sentar na poltrona achando que vai ver um indicado à Academia no ano que vem, e olha que isso hoje em dia deixou de significar qualidade pra filme. O filme ainda traz a Sia cantando "California Dreamin" pra você, esse é de arrepiar os pelinhos do cóccix.

Fui ao cinema sem nenhuma expectativa, porque não acho legal ficar esperando encher muito os olhos pra no final isso não acontecer e a gente acabar só enchendo a boca pra falar besteiras e sair gritando "esperava mais" em tudo que é rede social. Fui ao cinema como por mim faria todos os dias, fui conferir o trabalho do Brad Peyton. É um filme consideravelmente atrativo, entretém, diverte, tira umas risadinhas, as atuações são boas pra simplicidade do filme e o elenco é carisma total. Eu recomendo pra você, vá se divertir, jovem.

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