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Resenha: O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos (2014)

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Uma das trilogias mais bem encerradas já vista. O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos foi o último filme da trilogia dirigido por Peter Jackson. Falando em Peter Jackson, já rebobinaram essa fita aí, que é a filmografia do Jackson? Pra quem pegou o que estou dizendo, dá pra acreditar que um cara que dirigiu seis filmes - muito bem dirigidos por sinal porque apontar defeito em filme é fácil para o espectador, a gente nunca se coloca no lugar de quem esta escrevendo um roteiro, dirigindo e produzindo um filme -. E honestamente, não sei se outra pessoa teria feito tão bem o que o Jackson fez com as obras do J. R. R. Tolkien. Agora, aproveitando aqui a filmografia do Jackson, já viram os "Trash" dele? "Fome Animal", "Bad Taste" e até "Os Espíritos" que passava muito no SBT. E que às vezes você adora mas nem sabia o nome e quem dirigiu. "Fome Animal" e "Bad Taste" são praticamente os melhores trash da história. Esbarrando ali com "Evil Dead" do Sam Raimi. Agora, é tudo dirigido pelo Sr. Jackson. É interessante você analisar o que se passa na cabeça de um cineasta. Porque são temas extremamente diferentes e que ainda sim conseguiram ser bem desenvolvidos por uma única mente. Peter Jackson é um monstro, gente. Reconheçam isso antes que seja tarde, pelo amor de Deus.

Sabe quando você começa um caderno de escola? A gente começa no maior capricho com cores, letra bonita e tudo mais. Aí quando vai ver, no meio do ano o caderno já está um lixo? Ou qualquer outro projeto que a gente se empolga em começar mas de repente dá preguiça e a gente começa a arrastar a obra e fazer de qualquer jeito? Então, vamos para duas opiniões minhas dentro de uma só. Primeiro, não estou querendo dizer que o Peter Jackson fez com a trilogia de Hobbit o que eu fazia com meus cadernos na escola, longe disso. Mas na verdade foi o que muita gente entendeu, sabe? Que a trilogia decaiu de tal forma, igual o capricho com meu caderno na época da escola. A Batalha dos Cinco Exércitos no livro, gente, é descrito em praticamente três folhas, TRÊS FOLHAS. O filme foi meio precoce? Foi sim, bastante. Foi tudo muito corrido. Foi como fazer um trabalho de escola que foi dado há um mês atrás, uma aula antes da que ele deverá ser entregue e apresentado. Olha bem as colocações horrendas que estou usando. É pra criticar o Peter? Óbvio que não. É pra entender a diferença entre "encher linguiça", "relaxo" e "correria". Peter tinha que fazer um filme no nível dos outros dois e praticamente dentro de uma mesma duração. Ainda assim foi considerado o mais fraco da trilogia e o menos longo dos três. 


Infelizmente os cinemas no Brasil estão tirando o direito do espectador assistir a um filme no idioma original. E rolam diversas discussões sobre isso. A preguiça nata do brasileiro de ler. A apreciação particular e valorização pela nossa dublagem e mais diversas. Ainda assim, minha opinião sempre será a mesma. Eu quero ter o direito de pagar para ver um filme e poder escolher pela dublagem ou o idioma original, sem que ver dublado seja uma obrigação. Hobbit é uma obra que eu gostaria de ter conseguido ver em seu idioma original, mas né? Não foi possível. Conferi no em 3D no UCI. E meus amigos, que impecável o 3D do Peter Jackson, que isso? O "duelo" entre a Rainha Galadriel e Sauron foi de tirar o fôlego, a roupa e tudo o que tinha direito. 

O diálogo "Olho no Olho" entre Bard e Smaug logo no início quando Smaug foge para a terra dos homens para destruí-la é de tensão total, porém, é tudo muito acelerado.O filme todo parece que o elenco tem compromisso depois do filme, por isso é tão acelerado. Foi tudo muito corrido como disse, mas não tinha como ser de outra maneira. Ou talvez tivesse como. Peter Jackson fez uma correria pra não encher tanta linguiça e não relaxar tanto com o filme, o que acho. A entrada de cada exército. Elfos, Anões, Orcs mereciam aplausos, dava frio na barriga, arrancava lágrimas. Mas será que era o suficiente? Jackson é bom com 3D, trilha sonora, produtores e também é um grande marqueteiro. Um grande atendente das Lojas Americanas, da Saraiva, se assim posso brincar. Desde "O Senhor dos Anéis", Jackson gosta de deixar furos nas versões que vão para o cinema, para mais tarde atrair os escravos (fãs) a comprar suas versões estendidas em DVD's e Blu-rays. 

O romance de Tauriel e Kili foi um tanto quanto chato, falando claro assim, durante os dois últimos filmes. A Desolação de Smaug e A Batalha Dos Cinco Exércitos. "Nossa, Dani, como você é chata" Eu sou. O romance dentro do mundo cinematográfico possui um lugar reservado só para ele. Infelizmente, não é em excesso dentro de filmes sobre a Terra Média e nem em filmes de super-herói. Se um filme se enquadrar no gênero romance então deve haver romance. Exagerado ou não, pouco ou muito. De chorar ou de morrer. Caso contrário, NÃO. 

Lee Pace é Thranduil, pai do jovem Legolas. Que depois de tanto showzinho acaba cedendo às fraquezas humanas ao final do longa. É o meu personagem quase que favorito depois de Gandalf. 

Os efeitos visuais das adaptações de J. R. R. Tolkien por Peter Jackson é de uma exuberância indiscutível, principalmente em 3D. E olha que eu não sou fã de 3D. A trilha sonora do filme também é magnífica. No que pecou Jackson, digamos assim foi todo essa sensação de pressa em tudo. Não chega a ser irrelevante, juntando com os furos ainda, acaba evidenciando ainda mais. O que não desvalorizou de maneira nenhuma a obra. 

Dirigido por Peter Jackson.

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