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Resenha: Quarteto Fantástico (2015)

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Avaliação 

Eu sou muito fã de filmes de super-heróis. E até para mim que gosto muito, reconheço que os exageros estão desgastando o gênero. Acho interessante o espaço que os superpoderosos conquistaram, mas pelo excesso está ficando ultrapassado. Quantos filmes de heróis teremos no cinema por ano, dez, quinze? Eu cheguei a conclusão depois de assistir Quarteto Fantástico.

Diferente das adaptações anteriores, o Quarteto agora é formado por personagens mais jovens, tentando reintegrar com a geração "Ultimate".

Eu nunca fui muito fã dessa remessa de heróis da Marvel (tá, tá...Fox). Sempre achei que embora a origem deles fosse interessante, os próprios super-heróis mesmo nunca foram de fato bem usados ou explorados e até mesmo atrativos. O que me fez assistir os filmes do Tim Story sem nenhuma expectativa. E do Josh Trank também. Apesar disso, este veio a ser um dos filmes de heróis mais aguardados de 2015 pelos fãs dos quadrinhos, que acabaram criando esperança em cima de um reboot decente. A prova do fiasco é que o filme rendeu R$ 25 milhões de dólares, comparado aos antecessores que conseguiram R$58 milhões

Depois houve um baita desentendimento entre Trank e a Fox. Primeiro, descobrimos que Simon Kinberg (X-Men - Dias de Um Futuro Esquecido) está envolvido com o roteiro, de repente que a Fox resolveu de última mexer em elenco e fazer alterações roteiro. E ainda por cima cortar R$10 milhões do orçamento combinado, o que acarretou uma avalanche de gafes, cenas deletadas e aborrecimento. O diretor não queria Kate Mara (Mulher Invisível) no elenco, mas os produtores o obrigaram, Trank era hostil e tinha um péssimo relacionamento com a atriz durante as filmagens. O mesmo com Milles Teller (Sr. Fantástico). Os produtores convencera o diretor a trabalhar com Milles mas acabou não dando certo e entrou mais um conflito pra coleção. O diretor comentou em seu Twitter "Um ano atrás, eu tinha uma visão fantástica para o filme. Ela teria recebido ótimas críticas. Vocês provavelmente nunca vão vê-la. É a realidade", culpando a Fox pelo fiasco que foi o filme.

Embora os filmes de heróis não sejam do tipo que necessite de roteiros espetaculares, por se tratar de adaptações, é preciso sim que seja bem feito e tenha extensibilidade. É preciso explicar de forma precisa e completa a origem dos poderes e explorar cada personagem. Tudo parece ter sido feito muito às pressas e no relaxo. E foi mesmo. Reed toma as telas maior parte do tempo. E mesmo quando Sue, Ben e Johnny estão na ativa, na maioria das vezes se trata de Reed. Além de não serem bem explorados, os destaques não foram bem distribuídos.

Uma das características do Quarteto é a relação familiar entre eles. E é o que o Dr. Storm implora o filme praticamente inteiro e não acontece. Os atores pelos trabalhos paralelos que conhecemos são incríveis, mas as turbulências nas gravações fez com que, tanto o roteio quanto os personagens ficassem perdidos e desconexos.

O filme começa parecendo um Sci-fi a lá J. J. Abrams, cheio de mistérios e suspense. E de repente estamos perdidos naqueles filmes da Sessão da Tarde, transbordando clichês e efeitos especiais mixurucas. Victor Von Doom é tão importante quanto todo quarteto dentro dos quadrinhos. E aparece na pele de um garoto metido a rebelde cheio de frases de efeito do "Pensador Uol" vindo a se tornar um antagonista revoltado e sedento por destruição, mas sem justificativas muito plausíveis.

Este é um dos filmes do qual não se arrependerá tanto de ver se não tiver gastado dinheiro pra isso, um ingresso dispensável, infelizmente.


Direção: Josh Trank.
Elenco: Miles Teller  (Reed Richards/Sr. Fantástico), Kate Mara  (Sue Storm/ Mulher Invisível), Toby Kebbell  (Victor Von Doom / Dr. Doom), Jamie Bell  (Ben Grimm / The Thing), Michael B. (Jordan  Johnny Storm/Tocha Humana), Reg E. Cathey  (Dr. Franklin Storm).

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