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Resenha: Oldboy - Dias de Vingança (2013)

Por: | 15:37
Avaliação

O dinheirês é o segundo idioma mais falado entre os norte-americanos. E em situações como esta, parece que por nenhum outro motivo além deste é que dão andamento às gravações de um filme desse nível.  E este é um dos motivos pelo qual algumas pessoas abominam os americanos, o fato de sempre se acharem no poder de fazer tudo e achar que sempre fazem melhor. Eu não vou com a cara do Spike Lee, acho ele um baita escroto e nunca tive o menor interesse em nenhum de seus filmes (a não ser um documentário sobre Michael Jackson) ou produções. E para ajudar nessa repelência ele vai e me faz uma refilmagem de um dos filmes mais importantes do cinema oriental.

Joe Douchett (Josh Brolin) é um executivo pau no cu, irresponsável que está pouco se ferrando para tudo e todos. Em uma noite chuvosa, Joe é apagado e acorda em uma cela na qual permanece por 20 anos até ser liberado. O filme gira em torno da obsessão de Joe em descobrir quem fez tudo isso com ele e porquê. Na sua trajetória ele conhece uma assistente social chamada Marie (A mais gostosinha e talentosa das irmãs Olsen, Elizabeth) com a qual acaba se relacionando. E também Adrian Pryce (Sharlto Copley; Distrito 9) que o levará às respostas de suas perguntas.


Oldboy é um filme sul coreano de 2003, dirigido por Chan-wook Park (Lady Vingança ; Mr. Vingança) que foi baseado no mangá também com mesmo título (escrito por Garon Tsuchiya e ilustrada por Nobuaki Minegishi) lançada inicialmente em 1996. Uma das produções asiáticas mais surpreendentes que o cinema em geral já teve. E eu aprendi muito sobre eles por causa de um amigo que é fã. Acho que diferente de qualquer país, eles são muito superiores quando se trata da sétima arte (só isso, porquê os cardápios exóticos deles me assustam). O remake de Spike Lee é uma das produções mais mixurucas e superficiais que eu já vi. Uma das refilmagens mais descartáveis da categoria na história do cinema. E que o uso do elenco foi até inteligente, pois serviu pra não permitir que o filme afundasse por completo no Limbo e chamasse a atenção antes de provocar o primeiro sentimento de rejeição ao filme.

O filme não tem absolutamente nenhum atrativo, comparado à versão anterior ou não. E tendo visto a versão de 2003, acaba enfatizando essa falta de qualidade narrativa cinematográfica.O roteiro é resumido, furado e a produção cortou 40 minutos do filme. O que o tornou ainda mais detestável é a forçação em tentar torná-lo ainda mais impactante do que o asiático, com uma história absurda que acabou se tornando ridículo vindo do cineasta que vem, Spike Lee, o homem que é fissurado em ironizar, diminuir e tornar patético o mundo do "homem branco", como ele mesmo diz.  E depois que você assiste, acaba te incomodando só o fato de não poder fazer nada para impedir que outras pessoas o vejam.

Ainda por cima, a falta de qualidade das cenas que foram épicas na versão de 2003, nesta versão de 2013 quase afundaram a antiga junto. A cena do polvo, a cena da língua, mostradas vagamente só pra fazer uma media. Se você já assistiu à versão de Chan e não quer se aborrecer, não assista ao filme de Spike Lee. 

Dirigido por Spike Lee.
Elenco: Josh Brolin, Elizabeth Olsen, Samuel L. Jackson, Sharlto Copley