Avaliação

Dona Hermínia é divorciada, mãe de dois jovens, que após ser trocada pelo marido por uma mulher mais nova e até mesmo pelos próprios filhos, decide tomar um rumo na sua vida e pensar em si mesma.
O que mais gostei nesse filme é a espontaneidade do próprio humor, da própria graça e da história. Dona Hermínia não é toda e qualquer mãe. Ela é A mãe, o instinto materno dentro de cada mulher. Sabe quando sua mãe fala: "se você não acordar eu te jogo um balde de água fria na cara"? ou "você não vai pra balada, você vem pra casa e se me desobedecer eu te busco na balada e vou fazer você passar vergonha". Todos os dilemas de mãe foram encorporados na Dona Hermínia, tanto os "se" quanto o amor, carinho e preocupação que existe dentro de cada coroa que mesmo não dividindo mais o lar ou não estando mais presente na Terra, continua sempre presente.
É uma comédia simples e com um elenco bem escolhido. E o filme me ganhou por isso. Embora eu tenha pego um certo ódio da personagem Marcelina, da sua infância até sua adolescência, vale muito a pena. Mesmo tão encrenqueira, a gente vê que por traz de todo furdúncio feito pela Dona Hermínia, existe a sinceridade e a busca pelo que é certo. A grosseria dela e as patadas e os motivos pela qual ela arruma confusão. Coisa de mãe mesmo! Que por traz da atuação maravilhosa do Paulo Gustavo que sempre me diverte. Por trás de todo o humor, existem os dramas familiares que é bem tratado em uma comédia. Como lidar com o filho que é homossexual desde criança. A filha que, além de obesa sempre "não demonstrou" ter afeição pela mãe, preferindo sempre o pai rico e a madrasta metida entre outros.
Uma comédia divertidíssima, que desbancou todos os comentários negativos que eu li sobre o filme.
Parabéns pra quem foi assistir à peça. Queria ter aproveitado esta oportunidade.
Direção: André Pellenz.
Elenco: Paulo Gustavo, Ana Karolina Lannes, Herson Capri, Ingid Guimarães, Mariana Xavier, Rodrigo Pandolfo