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Resenha: A Centopeia Humana (2009)

Por: | 01:13 2 comentários

Avaliação
Lindsay (Ashley C. Williams) e Jenny (Ashlynn Yennie) são duas amigas que estão planejando  ir pra festa de um colega e até os primeiros minutos da história você pega no ar Hollywoodiano, embora o filme seja holandês, aquele clichê maroto das garotas burras e gostosas que se perdem no meio do nada, encontram o pior lugar pra se encontrar no meio do nada e se metem em uma furada. Embora a atriz que faça a Lindsay  seja lindíssima, o drama que ela força na atuação acaba sendo bem chato, você sabe que ela deve ficar andando pra lá e pra cá nos bastidores tentando se envolver na história e se imaginando vítima de um cientista doido, de verdade e até explica porque ela só tem praticamente dois filmes na filmografia dela, porque é ruim. O tipo de personagem que ela e a amiga interpretam me dá nos nervos. Aqueles típicos filmes de terror onde tem duas amigas "aventureiras" meio mimadas, vadias e incompetentes que se mostram dar conta de dez caras ao mesmo tempo na cama mas não dão conta de escapar de apenas um doente da cabeça e que acabam se metendo em confusão e que consegue perder todas as oportunidades de escaparem sem precisar perder um braço, uma perna ou ser torturada.

Depois de furar o pneu do carro a caminho da festa, e as duas terem aquelas discussões estilo "Ai por que você não me ouve quando falo com você? mimimi" cheio de gesticulações e tudo mais, Lindsay tenta fazer uso do seu telefone que está sem sinal e de acordo com ela é por estar no meio do nada, eu já acredito que ela seja cliente Tim (brincadeira). As amigas decidem sair à procura de  alguém que possa ajudá-las. Dr. Heiter é um cirurgião cuja habilidade era separar gêmeos siameses. Depois de sua experiência criando uma centopeia com seus três rottweiller, o piradão resolve por em prática uma nova experiência agora criando a centopeia humana, costurando a boca de um ao ânus de outro e operando seus joelhos para que não se estiquem, uma verdadeira doideira. E para isso precisará de três vítimas, duas ele já ganha de presente da vida no começo do filme.


Este é um daqueles filmes que a gente assiste o trailer, tenta passar longe mas por excesso de comentários da galera, a gente acaba assistindo por livre e espontânea pressão da curiosidade. Com o drama que os próprios espectadores fazem ao te indicar pra assistir o filme já consegue ser dez vezes mais exagerado do que o próprio filme. É realmente nojentinho sim que faz você levar a mão à boca ou desviar o olhar da tela em alguns momentos mas nada que te faça sair da sala ou ver o filme pela metade porque seu coração e seu estômago não aguentou assistir o resto. Este é o tipo de filme "ame ou odeie", se tiver que escolher entre somente essas duas opções eu escolho amar. De tanta bizarrice acaba atraindo pessoas que naturalmente não são muito boas da cachola. Existem três classes de pessoas que assistem o filme. A "Um dos piores filmes que assisti na vida, forçou o terror e as atuações são péssimas", "Amei, vou assistir o segundo e não vejo a hora de sair o terceiro" "Ai que horror não consegui ver até o fim, tive que sair da sala, é forte demais, quase vomitei, ó céus, que nojo!". É aí que entra a outra metade da diversão que o filme não teve competência pra tirar, os espectadores.

O cenário do filme é simplérrimo, o que força sua atenção ainda mais para todos os personagens e atuações. No terceiro ato quando dois policiais aparecem na casa de Dr. Heiter e ele tenta droga-los assim como fez com as amigas burras e gostosas no começo do filme. Um deles cai na sacanagem do copo d'água com um comprimido já o outro não dá muito certo. Onde eu quero chegar é que embora o segundo policial já tenha ingerido toda a droga, ele ainda não está sob efeito da mesma mas a atuação dele é tão ridícula, sem noção que você fica esperando ele começar a cambalear e espumar pela boca a qualquer momento, algo que acontece muitos minutos depois quando a droga realmente começa a fazer efeito. Ai Tom Six, cara presta atenção.


E no meio de tantas imperfeições o filme realmente acabou me conquistando. Dr. Heiter, interpretado pelo ator alemão Dieter Laser, que parece ser rabugento e ao mesmo tempo simpático. Eu fico me perguntando se ele tem essa cara de psicopata naturalmente e se ele olha pra mãe dele com essa cara porque o homem mete a expressão ranzinza o filme inteiro que fica até difícil pensar que ele se desfaz dela de vez em quando, é brincadeira eu exagerei um pouco.

O que mais me conquistou no filme foi o pirado do Dr. Heiter, colocando em prática sua insignificância e ódio pelos seres humanos transformando-os em um imenso e asqueroso inseto. Que se você for olhar por esse ângulo, é interessantíssimo. Durante todo o tempo esse cirurgião aposentado e pirado da cabeça faz questão de mostrar seu desprezo pela vida humana. Ao mesmo tempo que isso deixa visível quem é o carrasco do filme, nos dá tempo de entender esse comportamento desagradável dele diante das pessoas. Isso ele demonstra claramente na forma de olhar pras pessoas, na forma de se dirigir a palavra a elas e todo o resto. Tanto é que três de seus cachorros favoritos foram facilmente substituídos e comparados à três pessoas. Ele faz o uso de tranquilizantes, o que geralmente algumas pessoas de outras áreas usam para capturar animais em florestas e essas coisas. Dr. Heiter tem esse notável desprezo e ele é tanto que as três vítimas de suas experiência são tratadas como animais, ele tenta ensina-las com um chicote, mandando trazer jornal com a boca e tudo mais e depois são transformadas em um imenso inseto. E toda a obsessão e orgulho que ele mostra de si mesmo ao terminar com sua tarefa, eu achei forçadamente genial.

Dirigido por Tom Six

2 comentários: Deixe o seu comentário

  1. um dia ainda crio coragem pra ver esse filme e o saló, numa sessão só rsrsrsrs

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    1. Assiste sim, o pessoal exagera um pouco na hora de falar dele.

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