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Resenha: Pink Flamingos (1972)

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Sempre gostei de explorar quaisquer que fosse o lado do cinema. Não vou negar que já me arrependi diversas vezes. O que me levou a ver este filme foi a forma como as pessoas o admiram tanto. Ao julgar pelos stills do filme e a capa, não chega a ser atrativo mas sim desperta a curiosidade de quem vê. Principalmente sendo do John Waters.

Eu estava empolgada para ver o filme até o momento em que a digníssima Divine coloca um filet entre as pernas por baixo do vestido. A partir daí comecei a analisar o quanto o filme ia me chocar dali pra frente. Como descrever quando gostamos de um filme e ao mesmo tempo não gostamos?

Pink Flamingos é o tipo de filme que você daria pra sua tia crente assistir só para sacanear. É o tipo de obra que "cumpre o que promete", cheio de nojeira, birazzirce e repúdio total, toda uma podridão. E para quem é fã do Waters, ficou bastante satisfeito com todo esse lixo cinematográfico.


Existem filmes que não são para qualquer um, este por exemplo, não é para qualquer tipo de público, é para um público mais particular, em especial o que tem um estômago forte. E não, nem de brincadeira é um filme para se ver com a família de domingo.

Mas o filme é divertido, é original. Sendo um ícone do cinema bizarro, depois de assistir, até entendi o porque. A obra independente do quão repulsivo, é genial, é único. A fotografia do filme é clássica, a simplicidade junto ao bizarro e a trilha sonora formou um trio digníssimo. Não é o tipo de filme que você deveria fingir gostar para parecer cult, pelo contrário. Se você quer uma pitada de birarrice na vida, essa daqui é pra você ter na estante de casa.

Dirigido por John Waters.

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