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Resenha: Sobrenatural - A Origem (2015)

Por: | 16:37 Deixe um comentário

Avaliação


Este filme é o que eu chamaria de "ponta de barranco", que é exatamente para onde ele está encaminhando o que poderá se tornar uma franquia. Quem acompanha o blog, já deve ter visto minhas resenhas de Sobrenatural (2011) e Sobrenatural: Capítulo 2 (2013), duas obras de terror dirigidas pelo James Wan que eu valorizo muito, porque em meio a tantas mesmices, tanto dinheiro jogado fora, ele foi lá e fez filmes de TERROR. Filmes com conteúdo, com pé e cabeça, com roteiro e elenco de verdade. O James Wan é um dos poucos diretores que ando respeitando atualmente, para quem não conhece ou não se recorda, Wan dirigiu filmes como Invocação do Mal, Jogos Mortais, Gritos Mortais, Velozes e Furiosos 7... vai dirigir Aquaman, Castlevania e também Invocação do Mal 2. Atualmente, a terceira sequência de "Sobrenatural" ficou por conta de Leigh Whannell, que além de dirigir também escreveu e atuou nos três filmes, no papel de Specs, um dos "Caça-Fantasmas" da equipe de Elise, a médium.

Esse filme funciona como um "spin-off". O filme se passa antes dos dois primeiros filmes e já mostra ligação direta com eles. Quinn Brenner (Stefanie Scott) acredita que sua falecida mãe vem tentando se comunicar com ela. A garota recorre a médium Elise Rainier (Lin Shaye) para que ela possa ajudá-la e a partir daí eventos estranhos começam a ocorrer.


Esse filme funciona mais ou menos como "Atividade Paranormal", como se os fatos estivessem sendo contados de trás para frente e se misturando cronologicamente com flashbacks na transação. Este, embora seja o terceiro filme (do que virá a se tornar uma franquia) é o começo de tudo, desde antes do caso Lambert. O título se volta um pouco para Elise, pois conta como ela foi se tornar uma especialista em fenômenos paranormais tão famosa e requisita junto de seus dois ajudantes. 

Também citei "Atividade Paranormal" como exemplo de decadência. Os dois primeiros filmes da franquia foram muito bons, até que resolveram começar e a história foi perdendo o rumo e os filmes começaram a se tornar um lixo total, mas que as pessoas ainda pagam pra ver, inclusive eu. "Insidious", embora o terceiro filme seja um pouco abaixo do nível dos anteriores é um ótimo terror/suspense, o que veio a formar uma trilogia de qualidade. Porém, já tem o quarto filme confirmado. E pelo que conheço da filmografia de Whannell, ele não vai parar por aí (Jogos Mortais tem mais ou menos uns 7 filmes, embora não tenham sido todos dirigidos ou escritos por ele) e meu medo é ele se perder no meio do caminho aí. Os characters que eles criam para representar entidades, é bom que reparem isso, são muito criativas e assustadoras. As viagens feitas ao plano que não nos pertence, toda a viagem lá fora e as almas que perambulam por lá, tudo dá medo, tudo é bem feito. Isso definitivamente não tem o que criticar, da visão deles pra limbo, submundo, o que vocês preferirem chamar, é inovador e assustador, porque além do terror físico, rola um terror psicológico. Você se imaginar transitando em lugares que existem, mas em outro plano com almas perturbadas, angustiadas, rancorosas, demônios e tudo que a escuridão tem direito. 













Eu detonei com o filme? Não detonei. É que se você reparar, ele não é tão empolgante e inovador quanto os outros filmes. Ele tem uma mesmice de 90% dos filmes de terror em todo um contexto. A diferença entre esse filme e outras centenas é que eles têm uma médium bad ass, simpaticíssima que toca o terror nos limbo da vida e põe medo até no diabo, se deixar, tirando isso... Imagine que o filme fosse isso, mas sem a Elise, será que você ia gostar tanto? O Whannell é extremamente competente para escrever roteiros, mas será que pra dirigir também? Será que ele vai dar conta de ficar esticando? O dinheirês sempre fala mais alto na indústria do cinema, disso não tenha dúvida, mas os mais inteligentes acabam, além de lucrando mais, se tornando famosos por bons conteúdos, mas vamos ver, né?

Stefanie Scott, que interpreta Quinn Brener tem uma intensa semelhança com a Chloe Moretz, porém, é uma atriz que não me tocou tanto o coração, eu posso estar em uma fase ruim da vida, onde sou chata e rejeito tudo, mas ela definitivamente não me cativou tanto assim.

O ator que interpreta seu pai, Sean Brenner deve ser um rosto familiar para alguns de vocês, faz o estilo "Sugar Daddy" e atuou com a Julia Roberts em "O Casamento do Meu Melhor Amigo", continua um pitel e um bom ator.

Lin Shaye pela filmografia faz o estilo topa tudo, pelo estilo de filmes em que ela já atuou. Ainda por cima, é uma DOÇURA de atriz e seus personagens não passam batido. Ela dá o ar da graça nos três filmes, interpreta Elise Rainier, a médium que o submundo tem medo (risos). Metade da tensão e empolgação do filme é trazido por ela, faz compensar cada minuto da sua presença nas cenas.

Esse é o tipo de filme que eu recomendo você ir com as expectativas bem baixas pra poder ter uma sessão saudável e sem maiores aborrecimentos. É um bom filme, fique em paz.

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