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Avaliação
Aparentemente a saída de diretores em crise financeira ou desaparecidos têm sido reciclar obras cinematográficas. Seja para inovar ou para piorar o que já está feito.
Michael Myers é um importante "Character" dos filmes de terror criado no final dos anos '70 (entrando nos '80) por John Carpenter e Debra Hill. Com uma sequência de filmes de baixo orçamento, uma máscara inspirada na face de Capitão Kirk (Star Trek) e elenco usando as roupas do próprio guarda-roupas.
Ao saber que este seria um "Prequel" da série, pareceu interessante. Pois em 8 sequências, a ideia de que Myers era o próprio mal sem corrompimento e membro de um culto que praticava rituais pagãos, mostrado no sexto filme, fora a ligação com a linhagem familiar deixou tudo tanto complexo, quanto vago, embora incrível.
O filme possui uma atmosfera mais sombria do que a versão de '78. Assassinatos mais sangrentos e impiedosos. Michael se mostra mais rancoroso e vingativo do que mecânico. A história possui o mesmo desenrolar, porém, de uma forma mais completa e melancólica, modificada e compactada. Para quem viu as sequências anteriores, vai reparar que Rob Zombie juntou, tanto envolveu, partes da trama que ainda viriam sequências à seguir.
A ideia de uma explicação sensata para o desvio de caráter do garoto, desde que fosse uma conexão sensata, era o que talvez faltasse pra mesclar à história e finalizar um Character incomparável e superior aos semelhantes Freddy Krueger e Jason Voorhees. O que na minha opinião, não necessitaria reciclar a história toda. Esse filme não só dá início à história de Michael, como também altera a essência e molde do caráter e personalidade do assassino e outros personagens importantes, como:
Laurie Strode: A personalidade de Laurie na versão de Zombie é totalmente oposta à de Carpenter. Um verdadeiro projeto de adolescente rebelde mimada e que além de escandalosa se vitimiza demais.
Dr. Sam Loomis: A persona que mais afeta a trama, já que na versão de Carpenter, O Dr. Loomis, que acompanha Mike por 7 anos no sanatório e mais 8 fora dele, passa por cansativos longas tentando impedir o cara de mutilar mais pessoas, embora fracasse na maioria das vezes. E na ilustre versão de Zombie, Loomis (Interpretado pelo meu queridíssimo Malcolm McDowell) é um tremendo panaca, ganancioso que tenta curtir uma pseudo vida de famosinho às custas dos assassinatos de Illinois, por conta de um livro.
Admiro a imaginação e bizarrice que ronda a cabeça do Rob Zombie, embora suas características cinematográficas sejam meio enjoativas. A mesmice da atmosfera de seus filmes, para mim, é bastante cansativa. Parece existir uma fissura na aparência dos seus personagens. Todos com um aspecto meio punk e quase sempre o mesmo jogo de cores. Verde, branco e preto. Não que eu não goste, mas, acho legal enquadrar o personagem no figurino de acordo com a personalidade dele.
Halloween - O Início seria um interessante começo para Myers se não tivesse modificado tanto as características do serial killer mais famoso do cinema e não tivesse forçado tanto, junto à isto uma reciclagem barata e superficial. Mas infelizmente, quem quiser conhecer o novo Michael Myers, vai ter que ver esse filme.
