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Resenha: Abraham Lincoln - Caçador de Vampiros (2012)

Por: | 14:34 Deixe um comentário
Avaliação

Desde "Sombras da Noite" dirigido por Tim Burton, não me surpreendeu "Abraham Lincoln - O Caçador de Vampiros" ser tão fraco depois de saber que o roteiro foi escrito por Seth Grahame-Smith, que aparentemente não tem nenhum intuito de prender o espectador aos seus filmes. Uma pena para mim que, desde o início, esperou por um grande filme, talvez tenha sido uma das poucas que tinham botado um pouco de fé de que iria ser pelo menos um filme super agradável, o que não foi.

Abraham é um menino de 9 anos que vê sua mãe ser assassinada por um vmapiro. Agora adulto, ele vai tentar vingar a morte da mãe, mas fracassa na primeira tentativa de lutar contra um vampiro. Impulsivo e inexperiente, o jovem só escapa da morte porque teve a sorte de Henry Sturges intervir em seu destino. Henry Sturges que é interpretado por Dominic Cooper, é um vampiro caçador de vampiros. Sempre achei graça nesse "novo" clichê vampírico. O vampiro que despreza aquilo que se tornou e vive para extinguir sua própria espécie... O que não funciona neste filme porque vampiros não podem matar vampiros aqui. Sendo assim Abraham será o aprendiz de Henry e com ele aprenderá tudo o que é preciso para se tornar um caçador de vampiros.


Eu sou nova e por mais que eu goste, acho que nunca vou saber o suficiente sobre vampiros, mas aqueles clássicos cujo as pessoas são apaixonadas, o que sempre vai tirar meu direito de criticar. Mas eu particularmente nunca gostei muito da ideia de vampiros sobreviverem à luz do Sol, ainda que seja com manteiga, bloqueador solar ou minancora na cara. De acordo com o que eu aprendi em todos esses anos assistindo filmes de vampiro, eles são amaldiçoados e condenados à caminhar pela escuridão. hoje em dia você vê vampiro parecendo globo de discoteca brilhando, outros fazendo piquenique e passando Sundown FPS 60 (bloqueador solar) no corpo e surfando na praia, não cola isso, sério.

O Roteiro de Grahame-Smith infelizmente não atrai em quase nada. Existem filmes que têm emoção do começo ao fim, do meio ao fim, no fim. Com toda a propaganda do filme e da fúria de Abe em vingar a morte de sua mãe, esperei que fosse algo pelo menos um pouco mais sangrento, ou que talvez tivesse um pouco mais de ação ou só um "uau, que foda" esses efeitos especiais ou esse golpe, essa coreografia de luta. Ainda que não tivesse um bom roteiro, existem aqueles filmes chamados de "efeitos especiais" ao invés do nome do filme, que substituem e ofuscam o quão ruim pode ser o roteiro. Aquele filme que as pessoas falam "cara, assisti tal filme, é muito bom" "ah, fala sobre o que?" "não sei, mas é muito bom". Já vi muito isso, Avatar é um exemplo... as pessoas ficaram tão excitadas e maravilhadas com os efeitos especiais que não fazem a menor ideia do que se trata o filme, "Abraham Lincoln - O Caçador de Vampiros" nem para isso serviu e eu esperei ser distraída, enganada e iludida ao menos pelos efeitos especiais. Tirando tudo isso, a ilustre e deliciosa presença de Mary Elizabeth-Winstead no elenco salvou mais da metade do filme e também Rufus Sewell que eu adoro ver esse atuando, não sei ao certo o porquê.



Algo que me intrigou – posso estar errada, bitolada, ficando louca, ou pode ser algo que já tenha sido mencionado em alguma resenha mas eu nem me preocupei em procurar – é uma cena semelhante ao filme Um Drink no Inferno, dirigido por Robert Rodriguez. Depois de se divertir dando boas porradas nuns motoqueiros e a matança estar quase para começar no Titty Twister, uma das dançarinas do bar lacra a saída do mesmo e diz "Dinner is Served" (O jantar está servido) e aí começa o banquete do inferno (vocês gostaram do trocadilho cinematográfico que eu sei). Em Abraham Lincoln, que é um pouco mais sofisticado, Adam, o vilão e vampiro pseudo-fodalhão se apresenta ao baile feito em sua própria casa, com as entradas já lacradas e diz "Dinner is Served" e então os vampiros começam a se alimentar de seus pares (humanos, escravos). Foi uma alucinação cinéfila, acontece as vezes, alguém diz por favor que também notou ou que é coisa da minha cabeça.

Uma pena essa tendência mash-up classic não ter sido tão bem aproveitada, o que não desmerece totalmente o filme ou a  atuação de nenhum dos atores, pelo contrário, talvez sejam eles quem tenham pesado na qualidade do filme. É um filme divertido, vale o elenco com certeza, mas aconselho deixar as expectativas de lado ao assistir, a não ser que queira terminar como eu, "chatiada".

Direção: Timur Bekmambetov 
Elenco: Benjamin Walker, Mary Elizabeth Winstead

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